Artroplastia do quadril

O que é a cirurgia

Na artroplastia total de quadril (também chamada de prótese total do quadril), o osso e a cartilagem lesionados são retirados e substituídos por próteses.

 

Quando é indicada

A artroplastia de quadril é recomendada para as pessoas que sentem:

  • Dor no quadril que limita as atividades do dia a dia, como caminhar ou se curvar;
  • Dor no quadril mesmo durante repouso, de dia ou de noite;
  • Rigidez no quadril que limita a capacidade de se movimentar ou levantar a perna;
  • Alívio insuficiente da dor com o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia ou aparelhos que auxiliam a caminhar.

Benefícios

A cirurgia da artroplastia de quadril é um procedimento seguro e efetivo para aliviar as dores, melhorar os movimentos e ajudar a desfrutar das atividades normais do dia a dia.

Permite ao paciente recuperar a mobilidade e a força e, consequentemente, a retomar a rotina que detinha antes de o problema surgir.

A maioria das pessoas que fazem a artroplastia de quadril sente uma redução enorme das dores no quadril e uma significativa melhora na capacidade de realizar movimentos comuns.

Limitações

A substituição não faz a pessoa voltar às condições de vida idênticas às normais, pois o novo quadril apresenta limitações e exige cuidados para prolongar a vida útil das peças. Alguns deles são a manutenção do peso dentro do considerado ideal e não exercer atividades muito intensas.

Riscos potenciais

A artroplastia total do quadril é considerada cirurgia de grande porte. Portanto, apresenta riscos, independente da alta taxa de sucesso. Assim, a decisão de realizar a cirurgia deve ser discutida entre o paciente, a família e o médico ortopedista habilitado para realizar o procedimento, após a avaliação inicial.

As principais complicações que podem ocorrer são:

Diferença no comprimento das pernas. Isso pode ocorrer depois da artroplastia de quadril. No entanto, o cirurgião ortopédico faz o possível para que os comprimentos das pernas sejam iguais. Contudo, ele pode aumentar ou diminuir um pouco o comprimento do membro para maximizar a estabilidade e a biomecânica do quadril. Alguns pacientes podem sentir-se mais confortáveis usando uma palmilha elevadora depois da cirurgia.

A luxação, que é maior nos primeiros meses após a cirurgia, quando os tecidos ainda estão cicatrizando, apesar de não ser comum. Caso a esfera saia da cavidade, normalmente uma redução fechada é capaz de colocá-la de volta no lugar sem a necessidade de outra cirurgia. No caso de o quadril voltar a luxar, pode ser necessária outra cirurgia.

Lesões dos nervos e dos vasos sanguíneos, sangramento, fraturas e rigidez podem acontecer. Em um pequeno número de pacientes, parte das dores pode persistir, ou novas dores podem surgir depois da cirurgia.

Infecção na ferida ou em volta da prótese que pode surgir a durante a recuperação no hospital, em casa ou anos depois da cirurgia. Dependendo da extensão, o tratamento pode ser feito com antibióticos ou requerer outra cirurgia e a remoção da prótese.

Formação de coágulos sanguíneos nas veias da perna ou da pelve que representam risco à vida caso se soltem e cheguem aos pulmões. Medidas de prevenção, como avaliação periódica das pernas, exercícios para estimular a circulação, meias de compressão e medicamentos que atuam sobre o sangue podem ajudar a evitar o problema.

Problemas do implante, como desgaste das superfícies ou afrouxamento dos componentes podem acontecer. Da mesma forma, pode acontecer a limitação dos movimentos devido a cicatrização, principalmente nos pacientes que já detinham o problema antes da cirurgia.